15/3/2014
Registros do passado
Registros do tempo
Cultivar a história
Fixar a memória
Resgatá-la sempre
Mantê-la viva
Dilucidar o presente
e o futuro incerto
Com a certeza da chama
e das fagulhas do fogo
O passado sempre vem à tona
Renasce ininterrupto
das cinzas e sombras
Na história não há acomodadas(os)
Há as(os) que foram apagadas(os) por ela
Memórias subversivas
Memórias de resistências
Há que vir à tona
Há que se manter viva
Desvendar a história
Recuperar a memória
Os lastros, os passos
A marcha, os levantes
e todo o sangue derramado
Daqueles e daquelas
Que lutaram, resistiram e tombaram
Há que se manter viva
Há que se manter viva
A memória
A memória
À memória...
Stephanie Vieira Brito- Da série Protagonismos, lutas e resistências.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
Semeando a terra
Alguém partiu
e já é fim de mês
setembro se foi
e levou o adubo
Semeando a terra
tu estás
deu muito amor
e muito mais irá
formar
semeando a terra
cativou muitos corações
com seu chamego
com seu jeito manso
de pedir carinho
ser vivo
será mesmo irracional?
Semeando a terra
tu estás
fico aqui com saudades
é duro ser 'racional'
e não saber lidar
com a partida eterna
O gato mais carinhoso de toda a Cidade das Mangueiras. |
11 anos te vi crescendo
e me deixou com uma última 'cabeçada'
querendo mais amor e carinho....
Agora semeando a terra, tu estás...
Stephanie V. B.
30/9/2015.
sábado, 18 de julho de 2015
Rascunho, borrão, bagunça: mais uma carta nevegante n. III
Emoção tomando conta
Difícil dispersar a insegurança
Difícil achar equilíbrio
Quando o complexo cotidiano
Anda um tanto não palpável
Sinto saudades
Sinto angustias
Sinto medo
Sinto o peso da responsabilidade
Sinto as contradições
Que recaem sobre meu ser
A memória anda confusa
Tantos acontecimentos
Amor
luta
viagens
territórios novos
Entardeço erguendo o punho
Gritando
"Pátria Livre!"
Amanheço com agonia no peito
Teu nome é mel na minha boca
Teu nome tem o peso da saudade
Que há meses me habita
Como eu dizia
memória confusa
luta, labuta
novos ares
velhos ares
Explosão
Na minha feroz boca
Tem uma arapuca
Ou mordo a língua
Ou evidencio o óbvio:
"Língua não tem osso"
A saudade me deixa de boca seca
E tenho sede da tua presença
E tenho muita vontade de ti
Ainda farei a poesia da viagem
Isso me marcou
Isso também te afetou?
Já estou em terras paraenses
o tempo rápido passou
E mesmo no cansaço
Na correria
Na luta necessária
Pra fazer revolução
Trago no peito a seguinte mensagem:
Mais 6 meses eu não aguentaria.
Stephanie Vieira Brito.
Difícil dispersar a insegurança
Difícil achar equilíbrio
Quando o complexo cotidiano
Anda um tanto não palpável
Sinto saudades
Sinto angustias
Sinto medo
Sinto o peso da responsabilidade
Sinto as contradições
Que recaem sobre meu ser
A memória anda confusa
Tantos acontecimentos
Amor
luta
viagens
territórios novos
Entardeço erguendo o punho
Gritando
"Pátria Livre!"
Amanheço com agonia no peito
Teu nome é mel na minha boca
Teu nome tem o peso da saudade
Que há meses me habita
Como eu dizia
memória confusa
luta, labuta
novos ares
velhos ares
Explosão
Na minha feroz boca
Tem uma arapuca
Ou mordo a língua
Ou evidencio o óbvio:
"Língua não tem osso"
A saudade me deixa de boca seca
E tenho sede da tua presença
E tenho muita vontade de ti
Ainda farei a poesia da viagem
Isso me marcou
Isso também te afetou?
Já estou em terras paraenses
o tempo rápido passou
E mesmo no cansaço
Na correria
Na luta necessária
Pra fazer revolução
Trago no peito a seguinte mensagem:
Mais 6 meses eu não aguentaria.
Stephanie Vieira Brito.
domingo, 19 de abril de 2015
Cartas Navegantes n.º II.
Algumas
vezes, tão pálidas são as palavras que não conseguem significar nem mesmo o
nome que as deram. Palavras vazias de sentido, porque de tão frágeis não
suportam o furacão de sentimentos que se passam em mim e por isso se desmancham
no ar, ou mesmo na folha do papel. Não pretendo, aqui, exagerar, embora mesmo,
a vida seja esse exagero, esse rebento macio da noite virando dia. Esse
efêmero passar das horas e esse surrealismo constante de desenhos do cotidiano,
o qual criamos em nossas mentes. Companheiro, queria te dizer que a distância é um ponto
afetado e que excita (re)ações, é uma forma expressiva a qual nos fagulha e
produz um turbilhão de sentimentos, tão fortes como as correntezas dos rios. Ando
escorrendo feito rio, tenho olhos d’água que me brotam dia e noite e por isso
tem sido de extrema dificuldade caber em palavras, sons, gestos, cheiros.
Inundo a cidade inteira, olho pros lugares, pros becos, pras sarjetas, olho
pras vielas bonitas, penso em nós. Recordo.
Assim derramo, desancoro meu barco da saudade e navego. Para
este dia de muitos (re)nasceres, te desejo, companheiro desta vida,
muita proteção e fortalecimento do espírito e da tua mente. Te desejo
caminhos bons, caminhos sinceros, felizes e intensos. E já que estás nas
terras do bom vinho, te desejo muitos sabores também. Fica bem e Feliz
Aniversário!!! Que Iemanjá proteja, por cima das águas, teus rodopios
pelo mundão. Te amo muito, lindeza.
StephanieVB.
(22/2/15).
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