24/12/13.
Virgínia parou em frente ao mar e, entre suspiros e boas lembranças, assoviou...
Em seguida me disse, com os olhos cheios de ternuras e esperanças com os anos
que está na boca da vida e do tempo para vir ao mundo:
" Quando meu pai queria chamar o vento, ele assoviava,
e dançava para que o tempo viesse junto também... "
Stephanie V. B.
(Em Praia do Ajuruteua- Bragança- Pa.)
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Teu rosto no retrato.
Teus olhos fixos no horizonte.
Como quem busca subverter
A realidade. Inexata.
Como quem busca tempo.
Observa, observa.
Espreita a estrada.
Busca vida no horizonte.
Busca rumos, fontes, expansão.
Na calada da noite.
No breu das tocas.
No amanhecer.
Na alvorada.
Teu rosto no retrato
Teus pensamentos
Transversos
A esta foto.
Palavras desenhadas
Na imensidão
que banha
teu ser.
Labareda meus dias
Faz luz, fogo, chamas.
Grande chama.
Língua ferina.
Avermelhada cor
Primária.
Ardente.
Marque a ferro
e fogo
o tempo
fugaz.
23.11.13
Stephanie V. B.
domingo, 29 de setembro de 2013
Tentando encontrar entre tantas poesias
A que mais te poetiza em mim
Aquela que alumia o canto da casa
Da rua e também das almas chorosas
Aquela que celebra teu olhar
É contraditório, bem sei!
Sei que teus olhos são tão cheios de ternura
Que chegam a escandalizar os olhares atrozes
Bem como guardam noites escuras,
Espantosamente imersos no profundo
Ávidos por eloquência, cheios de mistérios,
pavor, imaginação, criação, profusão
a linha do horizonte.
Stephanie.
Com amor, te dedico: Vini.
Belém 26.09.13
A que mais te poetiza em mim
Aquela que alumia o canto da casa
Da rua e também das almas chorosas
Aquela que celebra teu olhar
Este aí tão bonito,
que me sobe e
me desce
E que guarda os mistérios uivantes
dos ventos fortes da fria escuridão
É contraditório, bem sei!
Sei que teus olhos são tão cheios de ternura
Que chegam a escandalizar os olhares atrozes
Bem como guardam noites escuras,
Espantosamente imersos no profundo
Ávidos por eloquência, cheios de mistérios,
pavor, imaginação, criação, profusão
Tão surreal
Como as obras de Dalí
Tão poeticamente transgressor
como Gioconda Belli
E entre o mistério e a clareza
Entre a pintura e a poesia
A palavra e a imagem
Existe a linha do horizonte
Que se expande
Um espaço cognitivo
Em que gosto de habitar
Apreender-te, te perceber
decifrar e ser banhada
Por essa luz e esse mistério
Nessa minuciosa busca não encontrei
Nem nunca espero encontrar
essa poesia fixa
essa linguagem asfixiada
Essas palavras que te encerram
e te fazem absoluto
Pois caminhar
para te desvendar
é sempre transgredir
os limites do ser e não ser
A linha tênue
o fio da meadaa linha do horizonte.
Stephanie.
Com amor, te dedico: Vini.
Belém 26.09.13
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Para mim, poema teu.
Reverso: Manifesto
da alma - A poesia do afeto
Dimensão, tempo espaço.
Formado por consciente e inconsciente
Infinito fluindo, dentro de uma caixa.
Essa caixa coração!
Nesse universo mergulho fundo
Forte bato, pernas e braços.
Desço por camadas de todas as cores
Juntando por onde passo pedaços de amores
Encontro nessa busca sabores
Encontro nessa busca odores
Encontro nessa busca cores
Encontro nessa busca rumores
Encontro nessa busca tuas flores
Em cada pedaço um amor
Cada pedaço possui varias formas de amor
Brilhando e iluminando feito diamante
Esclarecem o oceano distante
Quando levanto desse banho
De corpo molhado e pedaços encaixados
O que sinto, entendo te olhando.
Estou te amando!"
Vinícius
Machado
sábado, 24 de agosto de 2013
sábado, 15 de junho de 2013
Logo ali, do outro lado
Com o pano amarelo
lentamente vou
desembaçando
o vidro desta janela
Meus olhos
atentos e curiosos
vão percebendo:
os tempos são outros
e eu consigo ver
sentir, perceber
O cheiro de flor
espalhado na cidade,
me diz que é primavera,
há coisas desabrochando
no coração desse Brasil
(novamente)
E esse som agradável
dos tambores, chocalhos
baterias, flautas
me fazem dançar
nas pontas dos pés
e minha saia a rodar
diz o ritmo
daquilo que virá
Daqui desta janela
meus olhos acompanham
o caminhar ligeiro
dos que passam
do outro lado (da rua)
E lembro da velocidade,
da vida dura e carrasca,
"da força da grana
que ergue e destrói
coisas belas",
mas que mesmo assim
ali, logo ali ao lado
consigo ver o olhar
daqueles e daquelas
que não nasceram
para serem escravos
o olhar pungente
de força, esperança
e luta
há que se lutar,
marchar pela cidade
ombro a ombro,
por isso corro, desço e
me unindo ao povo penso:
é daqui que te vejo
mundo novo
Stephanie Vieira Brito 15/06/13
sábado, 8 de junho de 2013
Aos que me distraem: sou céu e saliva e cada poro meu pulsa
Aos que me expulsam todo dia toda noite
Aos que calam minha voz
E para esses que calam
Que são os mesmo que me desafiam
(Nenhum minuto de silêncio)
Grita meu peito
Os corações partidos.
É partido o meu
O dele
O dela
Eles que se limitam
e se fecham nos seus próprios medos
Que são do tamanho das suas ignorâncias
Das suas covardias
Menores que meu fogo
Menores que a chama da minha revolução
Menores que meus sonhos.
Palavras duras, tortas
Mas me entendendo eu consigo
Entende-los
Vos compreendo e os perdoo
Eu me perdoo.
Que entendendo a agonia deles
Eu possa ter cada vez mais
Paz e tranquilidade para a acalmá-los.
O amor estar aqui, inteiro
E meu coração é grande
E meu amor é grande
Há-braços de amor e de luta
Para aqueles que todos os dias me
ordenam
Pensando no meu bem
Que me ameaçam, me desafiam
Pensando no meu bem
(Nenhum minuto de silencio,
Da minha boca, do meu sangue fervendo)
Para eles que me repreendem
Eu só tenho a dizer que os amo
Não um amor burguês
Um amor revolucionário
E é pensando neles
Que tenho dias de luta
Dias de glória
(Nenhum minuto de silêncio
para o sonho de ver
esse mundo um lugar muito melhor)
Stephanie V. B. (08/06/13)
segunda-feira, 22 de abril de 2013
Infinitudes
percorro meus dedos
por tua pele
nua
te redescubro
e te sinto profundo
(respiração
sussurros
olhares)
sinto teu gosto
teu gozo
teu desejo
nossos beijos
corações pulsando
forte
e uma canção desesperada
gravada no aparelho de som
que nos embala
cenas que meus olhos
meu corpo
minha pele
mente
registram
mergulhados no prazer
e em tudo
que há
em mim
em ti
em nós
(infinitudes)
stephanie vieira brito-22.04.13
quinta-feira, 28 de março de 2013
Agraciando as horas. (parte II)
Encontro-me em um corpo que não sou eu
[Homenagem ao livro "Memória de minhas putas tristes- G.G. Márquez"]
Olho-me no espelho e eles me confirmam
O que só o tempo e a vizinhança
podem ser capazes de notar
No entanto há aqui um jovem
numa capa já enrugada
de tantos
carnavais
Com energias e sonhos
Desejos e apetites
Coisas todas essas
que insistem em me renegar os outros,
Insistem em dizer que não há mais
tempo-espaço-para-vida-brilho-alegria
em quem muito tempo já se passou nesta terra,
São quase um século e repito minha alma ainda jovem
Cantarola
E hoje mais que nunca,
cantarolo e passeio pelas ruas
colombianas
Com minha colombina
A primavera deu-se em minha vida
E ando cheio de flores e borboletas desabrochando
Em meu tão antigo coração
(Eu que nunca amei ninguém
Pude então enfim amar)
Amo uma formosura com a mesma idade que minha alma diz ter
Renasci , renasci como nunca antes haviam me despertado
Nenhuma das mulheres com as quais me deitei
Fizeram de minha trilha o que essa doce jovem fez
Colômbia anda mais bonita
E mais feliz que nunca...
[Homenagem ao livro "Memória de minhas putas tristes- G.G. Márquez"]
Stephanie Vieira Brito 03-03-13.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Agraciando as horas. (parte I)
A fumaça do incenso baila no ar
O cheiro dele emana tranquilidade
O jazz de fundo saído da estonteante voz de Amy
Me traz um conforto quase que inenarrável
De estar em paz e bem comigo mesma...
O cheiro dele emana tranquilidade
O jazz de fundo saído da estonteante voz de Amy
Me traz um conforto quase que inenarrável
De estar em paz e bem comigo mesma...
Satisfazendo um imenso desejo de ler Gabriel García Marquéz, em ”Memória
de Minhas Putas Tristes”, leitura esta a qual não estava incluída nos planos de
2013, mas que me tentou fortemente quando fui à biblioteca da Universidade, em
janeiro deste ano. (ora! Sabemos que desejo não tem hora marcada para bater em
nossa porta).
Sempre, entre uma pausa e outra
deste livro que falava sobre a experiência de um colombiano de estar com 90
anos, pensava na vida. Relembrei de tudo o que vivi até aqui, com apenas duas
décadas nas costas. E suspirei profundo, quase soberba e disse “Já vivi tanta
coisa, já chorei, ri, amei...” E nesse meio tempo, nesse piscar de olhos, nessa
ferrenha dura e pesada mão do tempo, mudei profundamente. E foi uma dura e
difícil mudança, contudo, necessária. Avalio-me.
Acendo outro incenso, agora me vendo e estando só, somente só, a não
ser pela presença do vento escandaloso o qual precede as chuvas da deliciosa Cidade
das Mangueiras, varrendo o quarto. Tirando pesos e medidas, acomodei calmamente
as coisas na balança, como boa libriana que sou. Quero viver tantas coisas,
tantos amores e maravilhas...
Ainda não terminei a leitura de García Marquéz, mas o incenso ainda
incendeia com seu perfume e o vento ainda circula por aqui e ele deixa a porta
do quarto, que antes estava fechada, entreaberta. E eu olho para o lado de fora
sem tantos medos como ontem, porém com os olhos arregalados e atenciosos,
querendo que se abra mais. Ela não vai ser mexer se eu não me mexer. O que me
espera atrás dela é o futuro, e ela vai se abrir...
Belém, 16 de janeiro de 2013.
Stephanie Vieira Brito.
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