domingo, 29 de setembro de 2013

Tentando encontrar entre tantas poesias
A que mais te poetiza em mim
Aquela que alumia o canto da casa
Da rua  e também das almas chorosas
Aquela que celebra teu olhar

Este aí tão bonito,
              que me sobe e 
                                
                                   me desce
                    E que guarda os mistérios uivantes
                                       dos ventos fortes da fria escuridão

         É contraditório, bem sei!

Sei que teus olhos são tão cheios de ternura
Que chegam a escandalizar os olhares atrozes
Bem como guardam noites escuras,
Espantosamente imersos no profundo
Ávidos por eloquência, cheios de mistérios,
pavor, imaginação, criação, profusão

Tão surreal 
Como as obras de Dalí
Tão poeticamente transgressor 
como Gioconda Belli

E entre o mistério e a clareza
Entre a pintura e a poesia
A palavra e a imagem
Existe a linha do horizonte
Que se expande
Um espaço cognitivo
Em que gosto de habitar
Apreender-te, te perceber
decifrar e ser banhada
Por essa luz e esse mistério

Nessa minuciosa busca não encontrei
Nem nunca espero encontrar 
essa poesia fixa
essa linguagem asfixiada
Essas palavras que te encerram
e te fazem absoluto


Pois caminhar 
        para te desvendar
               é sempre transgredir
                    os limites do ser e não ser
                                              A linha tênue 
                                                    o fio da meada
                                                            a linha do horizonte.



 Stephanie.
 Com amor, te dedico: Vini.
 Belém 26.09.13

Nenhum comentário:

Postar um comentário