sábado, 11 de junho de 2011

Liberta-te ou te devoro.


Belém,11 de junho de 2011.


Para ler ouvindo: Mistérios da meia-noite,Zé Ramálho.


De: phaniEmfrisson
Para: Ivone


Então, Maria, liberdade é isso mesmo... Isso de sempre viver doce, pura, vigorosa, vorazmente. Isso de aceitar tudo o que vem d’alma, do coração, da vida. Deve-se pensar que qualquer atitude tomada implica em consequências boas ou ruins, depende do ponto de vista dos que viveram nessa história. Viver livremente é embalar-se pela melodia e deixar fluir, e prestar atenção se a fluidez não irá afetar os que te rodeiam. Vive bem, vive livre aquele que se responsabiliza por qualquer atitude tomada, e que pensa constantemente em não ceifar a liberdade alheia...
Não, não... Pensando bem, Maria, tudo o que havia dito ontem não significa liberdade, significa apenas “escolhas”. Escolhe-se ser feliz, escolhe-se magoar alguém, escolhe-se partir e deixar histórias para trás, escolhe-se sorrir, escolhe-se chorar.  Não somos livres de fato, viver e pensar se determinada ação prejudicaria ou não outrem não é ser livre, não acha? E só o ato de ter que  fazer escolhas de certa forma já esconde uma certa obrigação.
Vejo, então, que estamos presos em nossas próprias vontades, em nossas pequenas celas que vamos construindo ao longo da vida. Talvez liberdade mesmo, meeeesmo não exista, existe apenas o bem viver, e por mim tudo bem se me prendo aos afetos, aos sabores, as rotinas - mesmo algumas vezes achando que não possuo rotina alguma -, somente me proponho a viver e continuar pensando nesses mistérios da meia-noite que voam longe.

 Uma deliciosa manhã e um grande abraço.                         

                                
                                   StephanieVB.  
                                                                                                                    

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